Almas enlutadas

Paro... Ouço no vento o clamor do tempo

E pressinto humanos bons morrem lentamente

Sinto o cheiro da dor que os corrói por dentro

Leva deles a vida, embaça-lhes a mente...

Vivendo em um mundo quase todo pervertido,

Onde massacram, assassinam a Paz e a Sinceridade,

Almas bondosas e puras, enlutadas, gritam

Não suportam ver e sentir tanta maldade...

Hoje, muitos fazem da amizade um jogo de trapaças

Usam o amor como esconderijo da canalhice

Demonstra alegria, escondem a hipocrisia

Pensam que a felicidade é ver o outro em agonia...

Os bons querem sorrir, não conseguem, estão de luto

Vão vivendo, sofrendo, morrendo na desesperança

E a dor vai corroendo, latejando a decepção

Em cada quimera que sentem extirpadas do coração...

Vejo tantos sonhos deslizarem pelas curvas da noite

Ingênuos pisam descalços em cacos afiados de falsidade...

Vejo olhos sarcásticos com sorrisos debochados...

Ouço passos nas sombras das mesquinhas inverdades...

Como explicar essa chaga invasora das almas...?

É como um abismo solitário que amedronta...

Vejo emergir, vivos e bizarros, todos os silêncios

Engolindo de dentro pra fora a pureza dos sentimentos...

Flor da Vida
Enviado por Flor da Vida em 17/03/2016
Código do texto: T5576259
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