SOLIDÃO MALDITA

SOLIDÃO MALDITA

Afasta-te vento estás a zunir.

Rituais macabros, agourentos.

Basta-me o desespero, chega de zurzir.

Vás para longe, azarento.

Lôbrego caminho. Estou gelada, morta..

Expus as vísceras, dilacerei o coração.

Por ti fui vencida, solidão maldita.

Mataste em meu peito toda a paixão.

Estás realizado, obtiveste teu intento.

A apodrecer está o sentimento

Sepultado vivo sem caixão.

Envenenei-me com um copo de martírio

Vítima fatal do suicídio

Vagarei sem rumo na escuridão.

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 08/07/2007
Código do texto: T556946