SOLIDÃO MALDITA
SOLIDÃO MALDITA
Afasta-te vento estás a zunir.
Rituais macabros, agourentos.
Basta-me o desespero, chega de zurzir.
Vás para longe, azarento.
Lôbrego caminho. Estou gelada, morta..
Expus as vísceras, dilacerei o coração.
Por ti fui vencida, solidão maldita.
Mataste em meu peito toda a paixão.
Estás realizado, obtiveste teu intento.
A apodrecer está o sentimento
Sepultado vivo sem caixão.
Envenenei-me com um copo de martírio
Vítima fatal do suicídio
Vagarei sem rumo na escuridão.