O Valete Condenado
Não consigo esquecer
É como um veneno que me mata devagar
A cada sentimento doloroso
A cada recordação ferina
São cheiros que permanecem trazendo consigo uma odisséia de emoções
Me sinto como um rato preso, acoado
Sem saída diante do sorriso de escárnio da inevitável morte
E dentro de todo esse vórtice dilacerante
Culmina em mim a dor em ter que conviver com sua imagem vívida em assombrosas lembranças
Como um fantasma, um espírito maligno que de meu terrível passado retorna buscando me arrastar para o escuro
Que por três vezes me aprisionou pela necessidade de seus doentes desejos carnais.