NÓ NA GARGANTA
NÓ NA GARGANTA
Sinto um nó na garganta,
Que me entala e sufoca a voz,
Uma dor no peito, que espanta,
Tribulações de uma vida efêmera atroz.
A ingratidão fere a alma,
Faz sangrar coração,
Tira do homem a calma,
Arrasa como furação.
A verdade não esclarecida,
É sofrimento sem partilha,
Vivo a sofrer nesta vida,
Caminho a esmo sem trilha.
Sou como ave sem asa, ferida,
A amargar a dor de minha sina,
Sofro calada a despedida,
De uma morte cruel e assassina.
Ainda bem que Deus existe,
Pra ter de mim compaixão,
Alegrando os momentos tristes,
Com a força do amor e do perdão.