Ao chão

Aí eu me arrasto,

me acabo rente ao chão.

Demolidor de sonhos e afins,

o medo sempre vem.

E o não sentir,

o vazio.

Passados, presentes, futuros.

Emaranhado de sons,

de objetos,

de pensamentos.

Tudo confusão,

tudo distância.

Passos que passam e dispersam.

Correm e não chegam,

pegam e vão.

Caminhos,

descaminhos,

seguidora de mim.

Avarias sem fim,

sofrimentos sem fim.

E fim?

Será que acaba assim?

Quem vai fazer meu coração entender?