Afogando
Transpiro em mim as dores de uma vida
E sobre coisas que não posso controlar.
Então, sozinho, navego por imenso mar
E nas águas busco limpar da alma a ferida.
Mas a alma, cansada, se dá por vencida
E vai aos poucos se deixando afogar.
E eu, pobre tolo que não sei nadar
Aumento mais a dor em mim sentida.
Sozinho, no fundo do mar, me sinto exposto.
Pra onde olho encontro minhas mágoas
E da paz que buscava só encontrei o oposto.
Ah! Triste, não me encontro mais disposto
E mesmo com o ser tomado pelas águas
Posso sentir as lágrimas escorrer pelo rosto.