ESTRANHO

Tudo torto
Mar sem porto
Espírito vago.

Tudo estranho
No meu olhar castanho
Antanho, undívago.

Tudo procela
Angústia de Florbela
Insustentável rasgo.

Tudo breu
Eu sem você sem eu
Da saudade me embriago.

Tudo maculado
Sonho desalado
De vento em vento naufrago...

Até quando resistir?
Não sei definir,
Tudo é tão ingnavo.