FOME DE VIDA
Ysolda Cabral
Abri a boca;
não para o alimento!
Muito menos para o beijo.
Abri a boca,
para pronunciar o teu nome.
Perdi o jeito!
Abri a boca;
para falar cousas poucas!
Fiquei tímida, fiquei rouca...
Fechei a boca morta de medo
de me pensares louca
pelas bobagens que digo.
Abri a boca;
apenas para dizer o que sinto...
E, entre um gole e outro do tinto,
que não bebo... Calei!
E, pelo amargo na boca,
me faltou à Vida que te sinto faminto.
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Praia de Candeias-PE
Em devaneios de happy hour
De uma 3ª.feira qualquer
24.02.2016
Apenas Ysolda
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