O Caminhar da Vida e a Ampulheta
As horas passam
As datas prosseguem
Cada amanhecer e anoitecer anunciam o inevitável
A certeza da mortalidade e de como tudo perece com caminhar da vida nos levando para os braços da morte.
Muitas recordações se perderam nas areias da ampulheta
Somente as dores e perdas permanecem cravados no coração como pregos
Até mesmo as vitórias e prazeres se foram
Até o amor fenece na escuridão fria dos túmulos.
Mas seu rosto e sorriso ainda permanecem como um quadro pintado em minha mente
Como se existisse uma emoção sem nome para definir sua existência que tortura minha alma
E isso, essa terrível coisa sem nome, é a minha prisão
Sua existência fantasmagórica é o meu fardo
Que me faz desejar a inexistência todos os dias, a cada grão que cai na ampulheta.