AS MÃOS TRÊMULAS


Como se fosse doença, mas a velhice chegando
Pertinho do ancião amante dos clássicos musicais.
Na juventude causou suspiros à mulherada.
Dói vê-lo assim dependendo de uma cuidadosa,
Quase escrava, pois suporta tudo por amor ao
Ancião desfigurado com inúmeros problemas vitais.

Segura o violão a flauta segaue ao piano e dedilha
Músicas eruditas que tanto amou e, não tem alguém
Para herdar nos seus últimos instantes finais.
Contando histórias recorda a mais gostosa das
Amante, mas que foi desconsiderada do convívio.

Na tentativa de segurar as suas mãos trêmulas,
Para um perdão, pois o feitio da dama é nobre.
Alguém recebe um desaforo cruel desatinado e triste.
Um desabafo como se fosse um salafrário...
Um Zé ninguém sem ser merecedor de alguém.


 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 15/02/2016
Reeditado em 16/02/2016
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