LONGE DE MINHA MÃO
Escreve versos e rimas sem sentidos,
brotam de seus momentos aborrecidos,
as letras são as lágrimas desse poeta infeliz...
Que como é um eremita, um homem solitário,
que ouve sem emoção, o canto de um canário,
não vê beleza no belo vôo de uma perdiz...
Da vida, se tornou réu
condenado pela solidão,
nem canetas, nem papel
roubaram sua inspiração.
Sò não levaram suas tantas saudades da boemia,
mas proibiram seu belo dom, de escrever poesia,
e mais nada, o destino te concedeu liberdade...
Velho poeta, já não se lembra o que escreveu,
tantos poemas lindos, nem sabe se alguém leu,
desses textos, ele e livre para sentir saudade...
Ao rever esse eremita
hoje sinto como a vida é,
no ermo que ele habita
num rancho, coberto de sapé.
Vivendo tão longe, tão distante de uma civilização,
vai embora daqui, tem doença muito grave no pulmão,
instantes tristes, sem esperança ,estão a te esperar...
No vale, agora, tristeza, sem verde os pinheirais,
o vulto do velho poeta, sei, não verei nunca mais
no simples ranchinho, creio, ocuparei o seu lugar...
Viverei com as borboletas
vou morar nesse sertão,
com os poemas e as letras
bem longe da minha mão...
Foto da ilustração da poetiza Lu Genovez
Escreve versos e rimas sem sentidos,
brotam de seus momentos aborrecidos,
as letras são as lágrimas desse poeta infeliz...
Que como é um eremita, um homem solitário,
que ouve sem emoção, o canto de um canário,
não vê beleza no belo vôo de uma perdiz...
Da vida, se tornou réu
condenado pela solidão,
nem canetas, nem papel
roubaram sua inspiração.
Sò não levaram suas tantas saudades da boemia,
mas proibiram seu belo dom, de escrever poesia,
e mais nada, o destino te concedeu liberdade...
Velho poeta, já não se lembra o que escreveu,
tantos poemas lindos, nem sabe se alguém leu,
desses textos, ele e livre para sentir saudade...
Ao rever esse eremita
hoje sinto como a vida é,
no ermo que ele habita
num rancho, coberto de sapé.
Vivendo tão longe, tão distante de uma civilização,
vai embora daqui, tem doença muito grave no pulmão,
instantes tristes, sem esperança ,estão a te esperar...
No vale, agora, tristeza, sem verde os pinheirais,
o vulto do velho poeta, sei, não verei nunca mais
no simples ranchinho, creio, ocuparei o seu lugar...
Viverei com as borboletas
vou morar nesse sertão,
com os poemas e as letras
bem longe da minha mão...
Foto da ilustração da poetiza Lu Genovez