A morte do Herói
Descida nas correntezas do destino;
Traiçoeiras na vontade do supremo
na busca contínua pelo ar
Do braço arranca a companhia
Os gritos cessam em soluços alinhados
e cedem as dores do sacrifício
Me tome como oferenda Rio das Mortes,
devolva o corpo ao lar
Encoste nas curvas virtuosas
Permita o ir e vir na tua alma fria
no infinito das tuas águas amargas
onde se distrai na própria pulsação
Acalente o mergulho, flutue na entrega
adentre às entranhas mais obscuras
mas volte à tona,
siga o seu curso, meu herói.
- em memória de um querido amigo