Na Terra dos Homens Ocos
Da janela de meu quarto,
Vejo pessoas indo,
Vejo pessoas vindo,
Vejo as pessoas,
As pessoas solitárias,
E quão solitárias elas são?
A que ponto sentem a solidão?
Nesta terra injusta,
Sem amor e sem vida.
Guerras, a consequência da ignorância!
Mortes, choro e dor,
Quando isso vai parar?
Nem mesmo DEUS,
Saberá responder,
Vivendo ocupados para todos,
Preocupados entre tudo,
Andando para lá e para cá,
Como formigas operárias,
Sem sentir nada,
Sem perder tudo,
Mas se perdendo aos poucos,
Esquecem seus ideais,
Esquecem do amor,
E se lembram?
Lembram bem pouco,
Do dinheiro,
Do trabalho,
Do superficial,
E compaixão? E amizade?
Termos desconhecidos nesta terra.
E em todas as outras desta era,
Rogo para que o futuro não chegue,
Para que eu não possa ver
A desordem e a barbaria
O fim de tudo.
Para que eu não possa ver,
A terra dos homens ocos.