Silêncio dos lírios
No profundo silêncio dos lírios,
a dança do sol ao vento do fim de tarde.
Sinto meus olhos distantes...
voltados para um terra que não alcanço
e não compreendo.
Essa terra que deixa os olhos em chamas,
o coração em cinzas,
o espírito subjugado.
A terra das perdas, de que é feita a matéria,
a terra dos poentes inexoráveis
que anoitecem o espírito.
Restam-me alguns raios de sol sob o manto azul.
O azul que norteia a esperança dos reencontros.
Algum dia, lá,
onde Deus responde a todos as perguntas,
aconchega todas as lágrimas
e nos mostra Seus guardados do coração
onde sorri a nossa dor e a nossa saudade.