Um menino desde pequeno vivia num porão
Preso, longe do mundo num lugar imundo...
Cadê o pai e cadê a mãe?  Solidão!
Conversava com a própria alma
Somava as horas no dedo, com calma...
Por uma fresta conseguia ver o dia
E viu que existia gente que sorria
Revoltou-se, pois dali nunca saiu...
Uma lágrima cortante caiu
Mesmo assim usou os lábios e sorriu
A boca provou do sal que escorreu
Sorriu chorando foi o que aconteceu
E o chão ficou úmido, banhado pela dor...
Cadê o pai e cadê a mãe? Cadê o amor?
Então recebeu uma visita estranha
Um ser que saiu da própria entranha
Tinha os mesmos olhos e o sorriso também
Parecia ele mesmo, aquele alguém!
 Estava enlouquecendo e perdeu a calma...
O que se esvaiu dele foi a própria alma!
Sentiu um gelo cobrindo o corpo por inteiro
E a realidade, a ultima pá de terra de um coveiro...
Quando todos foram embora, a alma estava fora...
Liberdade só assim, quando a vida terrena teve um fim!

Por Janete Sales Dany
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São Paulo - Brasil as 23:33
Janete Sales Dany
Enviado por Janete Sales Dany em 26/01/2016
Código do texto: T5523179
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