Palavras que cortam e que machucam

Porque ela sabe que corta, ela sabe que machuca

Cortam como a faca no coração do pobre leitor

Palavras que rimam com o nada pelo vazio

Que no peito e no coração se esconde (também não vou rimar)

Ele se esquiva da faca porque humilde é

Mas ela vem sem misericórdia, sem dó

Ele a olha seriamente, ela sorri da maldade

Ele não sabe o que fazer diante de tanta crueldade

Ah criatura, desvias de mim tanto poder, tanto ardor

Nada te fiz, somente te quis, somente amor

Quem sabe assim se aquiesce o teu rancor

Pelo silêncio das minhas palavras, pelo silêncio do desamor

No silêncio da madrugada de palavras doces se fez

O amor, o carinho e derrubou o muro, se desfez

Caiu tudo no chão, os jamais e sentimentos escondidos

Que tiraste do meu peito e no turbilhão de palavras fiquei aturdido

Por isso levas a tua faca embora, esconde-a, joga fora

Quebre-a em pedacinhos se preciso for

O aço corta, ela é gelada como a dor que persiste

A dor que não tinha mas que agora existe

Não sejas o meu carrasco se não puderes ser o meu amor

Não sejas má podendo me dar calor

Sejas aquilo que puderes ser, sem pedir nada

Sejas aquilo que vi em você na madrugada!

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 14/01/2016
Reeditado em 14/01/2016
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