Sem canto
Como escrevo tal diário
Notas se fazem
De desventuras
Desavenças
Tristezas intensas
Tristes rimas verdes
Que pendem como jacas
E tombam em minha nuca
Jacas pesam!
A vergonha pende
E rezo em cada conto
Por aqueles que
Fiz uma lágrima verter
Não quis vê-lo sofrer...
Deus!
Por que persisto?
Todos os dias lhe peço
Todos os dias espero
A sombra que me envolverá
E embalada em sono profundo
Devolver-me-á ao mundo
De onde vim
O mundo dos sonhos
De cirandas eternas
Onde cantam e se deslumbram
Os imortais!