O ADORMECIDO EXPEDITO
Numa tarde de dezembro,
dia 09 ano 2015 precisamente,
sob um sol incandescente
fizeram descer pesadamente
o caixão no fundo da tumba.
Do barro vieste ao Barro(*) voltaste.
Definitivamente...
dormes um sono tranquilo.
Guardarei na memória
o negro bonito de olhos verdes
e seu inseparável chapéu,
envergando seu linho branco.
Acreditava plenamente em Deus
e também em seu revólver,
barnabé incorruptível,
odiado, amado, respeitado.
Combateste o bom combate
descansa em paz, soldado,
incansável paladino,
Expedito Bernardino (**)
(* )-Cidade do interior cearense
(**)-Expedito Bernardino de Carvalho (pai do poeta)
Livro A poesia da calçada não vende ilusão, pág 110
Scortecci Editora, 2020