A dor
Quando a dor vem e bate no meu peito
Eu escrevo
Quando ela parece cansar meus olhos
Comprimir meu coração
Saborear minha esperança
retirando a vida segundo a segundo
eu escrevo
Quanto tudo que queria é você
E nada é tão importante
Quanto as mãos dadas
Os abraços e as alegres madrugadas
Me faltam
Eu escrevo
Quando o choro é tão profundo
Que o desaprendi
E a dor já nem dói somente no peito
Quando a alma cansou de andar
Perdida e desamparada desse pleito de amar
Eu escrevo por mim
Escrevo por você
por toda a dor
cada desejo em sorrisos omissos
disso só me resta
prensar meu peito nas folhas
e sentir a fria dor da solidão