LÚGUBRE

Era novo, ficou velho.

Era forte, ficou fraco.

Era tudo que há de belo,

mas hoje é só caco.

Bateu forte o martelo,

A ferro e fogo fez-se o arco

Que não doura o amarelo

De um tempo gordo e parco.

No real, pra ser sincero,

restou uma poça, um charco

que se deito, não me enterro

nem me curo deste inchaço.

Passa, passa o passamento

Morreu de luto o meu alento!