Essência Divina: (I)mortalidade
Numa falha tentativa de te eliminar,
Atena, a Deusa Guerreira, acaba por se auto expulsar
Pois, declarado em Leis que os Deuses tem de seguir,
Estava aquela: Quem ousar ao menos tentar, os deuses deverão banir.
Banida Atena foi e seu lugar, tu, ó minha Deusa, poderias ocupar
Mesmo que isso fosses nos separar.
E ao Monte Olimpo tu foras levada
Pelas mitológicas criaturas belas e aladas.
Por mais que fosse contra sua vontade
Ao fundo do teu corpo, despertará a verdadeira Divindade.
Divindade a qual anos teu corpo ocupou
E, somente agora, após dois milênios, despertou.
Divindade essa que somente reencarnava em mulheres puras de alma e coração.
Divindade a qual, mesmo que fosse idolatrada, não exigia muito mais do que um gesto de compaixão.
Esta que passara a cuidar dos homens mundanos
E que, mesmo distante, ainda podia-se ouvir o teu cântico.
Por mais doloroso que essa distância pudesse ser,
Ainda reencontrava em meus sonhos, você.
E em meus sonhos, podia sentir
O teu carinho e ver o teu sorrir.
Sentir a essência do teu perfume
E desfrutar dos teus beijos, como nunca tivera este costume.
E num despertar involuntário,
Sinto meu coração, aos poucos, despedaçando.
Era Atena, friamente se vingando
De alguém que, nunca exigiu mais do que um orvalho
Para em tua simples plantação
O amor, cultivar...
Dedicado a: Nicole Gomes