Essência Divina: (I)mortalidade

Numa falha tentativa de te eliminar,

Atena, a Deusa Guerreira, acaba por se auto expulsar

Pois, declarado em Leis que os Deuses tem de seguir,

Estava aquela: Quem ousar ao menos tentar, os deuses deverão banir.

Banida Atena foi e seu lugar, tu, ó minha Deusa, poderias ocupar

Mesmo que isso fosses nos separar.

E ao Monte Olimpo tu foras levada

Pelas mitológicas criaturas belas e aladas.

Por mais que fosse contra sua vontade

Ao fundo do teu corpo, despertará a verdadeira Divindade.

Divindade a qual anos teu corpo ocupou

E, somente agora, após dois milênios, despertou.

Divindade essa que somente reencarnava em mulheres puras de alma e coração.

Divindade a qual, mesmo que fosse idolatrada, não exigia muito mais do que um gesto de compaixão.

Esta que passara a cuidar dos homens mundanos

E que, mesmo distante, ainda podia-se ouvir o teu cântico.

Por mais doloroso que essa distância pudesse ser,

Ainda reencontrava em meus sonhos, você.

E em meus sonhos, podia sentir

O teu carinho e ver o teu sorrir.

Sentir a essência do teu perfume

E desfrutar dos teus beijos, como nunca tivera este costume.

E num despertar involuntário,

Sinto meu coração, aos poucos, despedaçando.

Era Atena, friamente se vingando

De alguém que, nunca exigiu mais do que um orvalho

Para em tua simples plantação

O amor, cultivar...

Dedicado a: Nicole Gomes

Luís Fernando Pedro Paulino da Silva
Enviado por Luís Fernando Pedro Paulino da Silva em 08/12/2015
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