Quem?
E se quando você vier eu não for mais essa que te fala,
mas for somente uma lembrança em sua escrivaninha?
Moro em mim,
mas um dia a vida pode me brindar com meu direito de partir.
Que será de você quando eu partir?
E se quando você vier
minha rima estiver escondida apenas nos versos que te cantei?
E olha que te cantei muitos versos...
Se de mim nada restar quem vai embalar seu sono?
Quem vai secar seu pranto?
E se quando você vier eu não estiver mais disponível?
Pode ser que a morte,
ventura de quem sofre,
já tenha me servido seu cálice de acalento...