Poema de Despedida
CHoram mortos na treva...
Alphonsus de Guimarães
E uma lágrima escorreu pelos
teus olhos, tão brilhante era...
Se perdeu entre teus cabelos.
Em teu rosto mudança
alguma houve,apenas ficou
o rastro da pequena gota.
Teus olhos cerrados, dormias
como um anjo! E eu a velar-te,
Como um pai...
Como a lua pela noite
inteira, em completa escuridão,
vi tua lágrima morrer em teus negros cabelos.
Apenas uma... nada mais
teu corpo inerte,
e meus olhos inertes em ti.
Acendi então outra vela,
pois uma já estava a se findar,
precisava de luz para ver teu rosto...
Passei meus dedos sobre aquele
lindo rastro de lágrima em
teu rosto... frio.
O dia estava quase nascendo...
As flores ao teu lado já estavam morrendo.
Em breve nunca mais nos veríamos.