Poema de Despedida

CHoram mortos na treva...

Alphonsus de Guimarães

E uma lágrima escorreu pelos

teus olhos, tão brilhante era...

Se perdeu entre teus cabelos.

Em teu rosto mudança

alguma houve,apenas ficou

o rastro da pequena gota.

Teus olhos cerrados, dormias

como um anjo! E eu a velar-te,

Como um pai...

Como a lua pela noite

inteira, em completa escuridão,

vi tua lágrima morrer em teus negros cabelos.

Apenas uma... nada mais

teu corpo inerte,

e meus olhos inertes em ti.

Acendi então outra vela,

pois uma já estava a se findar,

precisava de luz para ver teu rosto...

Passei meus dedos sobre aquele

lindo rastro de lágrima em

teu rosto... frio.

O dia estava quase nascendo...

As flores ao teu lado já estavam morrendo.

Em breve nunca mais nos veríamos.

Renato Neves
Enviado por Renato Neves em 29/06/2007
Reeditado em 05/07/2007
Código do texto: T546373