A bri
A Brisa
Chega um ar suave na face
Da moça tão tímida, submissa
Aos fugazes desejos, disfarce
Sem rumo, sua estrada é movediça.
Presença serena do vento
Passa por sulcos do rosto
Sofrimento no escuro, tormento
Noites chegam mal o sol posto.
A brisa enfurece e se transforma
Num vendaval que vai arrastando
Sonhos guardados para a plataforma
Da região abissal, já sem comando.
Onde ficou a suavidade da brisa
Que se perdeu no redemoinho
De palavras em sentido, à guisa
Da verdade nua, sem escarninho.
Serenou, a brisa voltou com a aurora
Aos quatro cantos a voraz tormenta
Partiu nas asas do vento que agora
Trouxe ao seu coração luz alvacenta.
Mena Azevedo
A Brisa
Chega um ar suave na face
Da moça tão tímida, submissa
Aos fugazes desejos, disfarce
Sem rumo, sua estrada é movediça.
Presença serena do vento
Passa por sulcos do rosto
Sofrimento no escuro, tormento
Noites chegam mal o sol posto.
A brisa enfurece e se transforma
Num vendaval que vai arrastando
Sonhos guardados para a plataforma
Da região abissal, já sem comando.
Onde ficou a suavidade da brisa
Que se perdeu no redemoinho
De palavras em sentido, à guisa
Da verdade nua, sem escarninho.
Serenou, a brisa voltou com a aurora
Aos quatro cantos a voraz tormenta
Partiu nas asas do vento que agora
Trouxe ao seu coração luz alvacenta.
Mena Azevedo