ALVORECER
Num átimo de segundo, ele apareceu
Parecia o alvorecer de um dia para sempre,
Era eu um kamikaze de outras vidas
Morta por dentro, enlouquecida
Por não saber que no alvorecer ele ainda estava
Parecia eu uma redoma que não queria deixa-lo,
Protege-lo era o que idealizava
Mas, num deslize o deixei partir
E o alvorecer não mais sorriu para mim,
Tudo tão rápido
Que não sabia
Se era a vida ou morte que se exprimia
Então, aquele alvorecer, penumbra se espalhou
E não era mais eu quem dele sabia
Somente em um dia esperei por ele
Mas, nem o acalento o manteve intacto para mim,
O vento soprou venenos das rosas
E o tosco momento se foi
Porque não sabia como manter o sopro do alvorecer
E brincando de crescer, morri acreditando
Que nunca mais nasceria,
Eu, rosa dos ventos
Vitória régia
Fiquei um dia sem saber por onde começar
Aí resolvi aclamar:
Venha, não me faça chorar!
E morri então, quando o silêncio pairou
Era o alvorecer que acabou,
Usei meu sentimento de forma esdrúxula
Para que se ele estivesse no vento
Voltasse pra mim no alvorecer...