ALVORECER

Num átimo de segundo, ele apareceu

Parecia o alvorecer de um dia para sempre,

Era eu um kamikaze de outras vidas

Morta por dentro, enlouquecida

Por não saber que no alvorecer ele ainda estava

Parecia eu uma redoma que não queria deixa-lo,

Protege-lo era o que idealizava

Mas, num deslize o deixei partir

E o alvorecer não mais sorriu para mim,

Tudo tão rápido

Que não sabia

Se era a vida ou morte que se exprimia

Então, aquele alvorecer, penumbra se espalhou

E não era mais eu quem dele sabia

Somente em um dia esperei por ele

Mas, nem o acalento o manteve intacto para mim,

O vento soprou venenos das rosas

E o tosco momento se foi

Porque não sabia como manter o sopro do alvorecer

E brincando de crescer, morri acreditando

Que nunca mais nasceria,

Eu, rosa dos ventos

Vitória régia

Fiquei um dia sem saber por onde começar

Aí resolvi aclamar:

Venha, não me faça chorar!

E morri então, quando o silêncio pairou

Era o alvorecer que acabou,

Usei meu sentimento de forma esdrúxula

Para que se ele estivesse no vento

Voltasse pra mim no alvorecer...

Del Dias
Enviado por Del Dias em 17/11/2015
Código do texto: T5452221
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.