Jejum
Como eu me perco em falas!
Em confusas prolixidades...
Como um megafone rouco bradando frágil a esmo
Pregando lamúrias pra quem não escuta
Discursando em turco pra uma multidão de gregos
Sou água salgada para quem tem sede
Obsoleto espetro de sinais fora da rede
Traço de união do nada a lugar nenhum
Resultado final da esperança frustrada
Lágrima evaporada,
Ruínas de fachada
Jejum