UM POEMA REFUGIADO

Homens refugiados sem direção

Caminham para fugir do medo

No degredo não têm a condição

Arrastam-se famílias dizimadas

Espezinhadas sem ter uma nação

Noção de angústia dor e covardia

Tarde se arrepia uma falsa moral

Sociedade que não ama por igual

Tudo é a hipocrisia das lágrimas

Que escorrem brandas e sem sal

Para chorar uma criança que morre

Faz-se uma reza e vendem-se jornais

De notícias cruas vagas e fatais

Que animam a humanidade canibal

A vergonha anda por aí distraída

Em francas orgias de dinheiro rival

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 08/10/2015
Reeditado em 27/07/2019
Código do texto: T5408661
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