A ESPERA DO SOL
Sou-me em voltas e revoltas caracolares,
eixo que não se encontra, maré que nunca acalma.
Minha alma não é minha...
Minhas ruas são esquinas.
Minhas emoções são como crateras da lua
onde nada se acha.
Meus sentires são vastos, são rasos, são profundos,
são poço sem fundo onde me perco.
Meus dias são como escadarias,
lápide fria, sol que não nasce,
eterna espera.
Minha esfera não gira, permanente anos luz estagnada.
Nada tenho...
O que tenho?
Não tenho nada.
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