Face de "felicidade"
Não posso encarar a face de "felicidade" no espelho,
Não combina nenhum pouco, com os olhos vermelhos;
Então, paralisada fico, enquanto os raios cortam o céu,
Que já foi de estrelas prometidas, vistas desse carrossel.
Que gira e não te alcança, e que deveria, mas não cansa,
Segue estendo as mãos, esperança tosca, que quase rança;
E fico, equilibrista sem chão, presa por um fio de esperança,
Envergonhada, chorando baixo, feito choro triste de criança.
Essa é a imagem na noite, que chora lá fora, com dó de mim?
Que não ria, não ache graça, da dor que não passa, corrói aqui,
Mas depois, vem a noite e me abraça, e solidão me deixa dormir,
E quem sabe amanhã, temporal vá embora, e veja o sol a surgir.