O VELHO CASARÃO
O velho casarão está sendo demolido
das paredes caindo, escuto o ruído
som pungente, sentimento dolorido.
Conheci a antiga proprietária
e agora a especulação imobiliária
ali vai erguer um espigão
notícia de cortar o coração.
Lamento a história perdida
de tanta alegria nele vivida
dói como uma chaga, uma ferida.
Telhas coloniais
grandes espelhos, coloridos vitrais
não os veremos jamais.
Que destino terão
raras porcelanas, o precioso carrilhão?
Os lambrequins que ornam o beiral
e as centenárias árvores do quintal?
Só um velho fantasma teimará em ficar
para com um candelabro dançar
com sua roupa de época, seu gesto galante
evocando uma canção de seu tempo, surreal e sussurrante...
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O velho casarão está sendo demolido
das paredes caindo, escuto o ruído
som pungente, sentimento dolorido.
Conheci a antiga proprietária
e agora a especulação imobiliária
ali vai erguer um espigão
notícia de cortar o coração.
Lamento a história perdida
de tanta alegria nele vivida
dói como uma chaga, uma ferida.
Telhas coloniais
grandes espelhos, coloridos vitrais
não os veremos jamais.
Que destino terão
raras porcelanas, o precioso carrilhão?
Os lambrequins que ornam o beiral
e as centenárias árvores do quintal?
Só um velho fantasma teimará em ficar
para com um candelabro dançar
com sua roupa de época, seu gesto galante
evocando uma canção de seu tempo, surreal e sussurrante...
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Transcrevo a interação do poeta Brazilio, que veio enriquecer a minha poesia:
Esse soberbo casarão/ que teve seus dias de glória/ tombado, agora ao
chão/ virou pó, inglório é já história.
Esse soberbo casarão/ que teve seus dias de glória/ tombado, agora ao
chão/ virou pó, inglório é já história.