Apressa-te
Subitamente me vi em abatimento e vi minhas queridas letras escorregarem entre meus dedos como água que se tenta reter nas mãos...
Parece solidão e não parece nada... Há motivos, mas não os encontro...
O triste é que não existe poesia... São solavancos no peito, como se a alma estivesse morrendo
E quando ela tenta respirar eu cambaleio... Mas não caio nem para descansar...
Eu não consigo se quer chorar... Então como estátua pálida e fria eu me vejo...
Mas eu não deixo o mármore me esfriar... Algo em mim entrega-se a canção do universo
Permite que cada nota vibre nas células e a estátua sente o nó na garganta...
Mas não choro, não adianta, e eu tento verter esse choro
Mas tão profundo é o estado de desconsolo que não tenho animo para deixar minhas lágrimas em meu rosto virar mar!
É um desanimo triste que não permite nem que eu sinta tristeza... Então não estou triste...
Já não sei o que sentir...

A janela esta aberta, lua sobrenatural em eterna noite se sobressai as pequenas estrelas, cristais cintilantes de gelo... tenho a impressão que vai nevar...
Canalizando as estrelas de minha janela entendo que meu transtorno é medo!
E por orgulho faço disso segredo o nó da garganta e nas tantas gotas salgadas estou nadando, um oceano onde vive minha alma prestes a se afogar...
Por Deus! Alguém pode sentir isso... E ao menos rezar?
Olhem em meus olhos e vejam tudo o que não tenho forças para falar...
Sem que eu precise pedir... Venha me salvar!
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 20/09/2015
Reeditado em 20/09/2015
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