FÚNEBRE VALSA - Poesia nº 12 do meu segundo livro "Internamente exposto"

A dor corta-me! A tua face descorada,

Que eu amei, mesmo em seus delírios,

Pela morte, tão cedo foi de nós levada,

Como a nos podar o seu jardim de lírios!

Chegou o momento da triste sinfonia,

Que devora lamentos em velas acesas,

Qual sepultura se vê por quem já sofria,

Na imensidão de uma vida sem defesas...!

Num rio negro, de leve corrente, navegava

A gôndola que na neblina, teu corpo trazia.

Entre lindos pássaros azuis da cor do céu,

Deus buscou o que foi dito, em supremacia.

A tua mente distante da vida, não, não nega

A morte, que veio e te cobriu como um véu...!

É o adeus em vestes do funeral que trafega,

Do esquife florido, às lágrimas inconsoladas!

O teu coração forte até o ultimo momento,

Agora está inerte, nesta despedida calada...!

Na música que os anjos te levam lentamente,

A te abarcar numa ancoragem de outro mundo,

A tua imagem por nós será guardada, reluzente!

“Aqui ficou teu amor, num sono lindo e profundo”

Ao meu irmão (especial), Jardel Batista.

Nasc. 29/5/1960 Falec. 08/06/2011

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 18/09/2015
Código do texto: T5386851
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