SOCIEDADE ENFEITIÇADA
Ai!
Quem me dera dizer aleluia,
Mas nada posso dizer, se não lamentar
Gritaria aleluia, se nada fosse fictício
Que a ninguém pacato e honesto suporta
Senão os lobos cruéis e devoradores da humanidade santa,
Nada se define em torno
Ouve-se dizer,
Vê-se rostos insatisfeitos no geral
Só sorri quem a sombra da árvore se encontra
Pensamentos meus ao calvário me crucificam
Minha tristeza e agonia nada me ajudam
Então ao lamaçal da incerteza me mergulham
Que sociedade é essa?
Diz-se ser rica
Mas, mais pobre parece ser
Pelo que ouso escrever com caneta vermelha
Lamentando os sangues derramado
Que até a terra de cor vermelha ficou.
Oh, quem me dera dizer aleluia!
Mas só me apetece chorar
Porque diz-se ser rica
Mas nada é real
Só se vê sombras
Ao invés da parte física e a palpável!
Tudo se divedem entre eles
A nós só nos é dado migalhas
Pão real em nossos estômagos nunca entrou!
Que maldição é essa?
Onde a ovelha não lhe é dada o que comer
Mas ao cabrito se dá o suficiente até se fartar!
Não sou revolucionário
Não!
Mas isso que me apoquenta, me faz não delirar
Mas tentar realçar
O que bastante me afliz!
Diz-se ter diamantes,
Ouro,
Prata
Petróleo
Mas são tudo abstratos
Mas quando se olha a volta
Só se observa o lixo em tornos.
Queria que tudo fosse real
Mas nada do que se diz existir se vê,
Olhando a volta
Só se observa uma sociedade enfeitiçada cercada de lixo.
Oh, que lástima!
Que tristeza!
Infelizmente tudo aqui é assim!