SOCIEDADE ENFEITIÇADA

Ai!

Quem me dera dizer aleluia,

Mas nada posso dizer, se não lamentar

Gritaria aleluia, se nada fosse fictício

Que a ninguém pacato e honesto suporta

Senão os lobos cruéis e devoradores da humanidade santa,

Nada se define em torno

Ouve-se dizer,

Vê-se rostos insatisfeitos no geral

Só sorri quem a sombra da árvore se encontra

Pensamentos meus ao calvário me crucificam

Minha tristeza e agonia nada me ajudam

Então ao lamaçal da incerteza me mergulham

Que sociedade é essa?

Diz-se ser rica

Mas, mais pobre parece ser

Pelo que ouso escrever com caneta vermelha

Lamentando os sangues derramado

Que até a terra de cor vermelha ficou.

Oh, quem me dera dizer aleluia!

Mas só me apetece chorar

Porque diz-se ser rica

Mas nada é real

Só se vê sombras

Ao invés da parte física e a palpável!

Tudo se divedem entre eles

A nós só nos é dado migalhas

Pão real em nossos estômagos nunca entrou!

Que maldição é essa?

Onde a ovelha não lhe é dada o que comer

Mas ao cabrito se dá o suficiente até se fartar!

Não sou revolucionário

Não!

Mas isso que me apoquenta, me faz não delirar

Mas tentar realçar

O que bastante me afliz!

Diz-se ter diamantes,

Ouro,

Prata

Petróleo

Mas são tudo abstratos

Mas quando se olha a volta

Só se observa o lixo em tornos.

Queria que tudo fosse real

Mas nada do que se diz existir se vê,

Olhando a volta

Só se observa uma sociedade enfeitiçada cercada de lixo.

Oh, que lástima!

Que tristeza!

Infelizmente tudo aqui é assim!

Moisés António
Enviado por Moisés António em 17/09/2015
Código do texto: T5385048
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