A morte de um companheiro de estimação.

A ficha não cai depressa

O fim é tão intenso, que não o sentimos.

A despedida sem se despedir, machuca.

Dizem que os seres sabem quando estão pra morrer,

E devem saber mesmo.

Um animalzinho de estimação, muitas vezes, senão sempre,

É mais companheiro do que alguns que se dizem amigos.

Os anos se passam e lá estão eles,

Os anos se passaram.

Hoje eu chego em casa, minha companhia não está mais lá.

O barulho, o xixi e a bagunça que incomodavam hoje fazem falta,

Alguns, frios, dizem que é só comprar outro,

Outros, entendedores, sabem que não é como um celular que se troca,

Como uma roupa, da qual há pelo menos uma igualzinha na loja,

É o apego, o amor, o carinho.

Carinho do qual, muitos dos que são reservados socialmente,

Encontram nesses animaizinhos.

Carinho sincero, doação d amor, doação de atenção.

Para muitos, balela.

Para outros, paixão.

Deixo meu adeus a quem retribuiu gritos com lambidas,

Coleira com alegria,

Cansaço na chegada com dose frenética de empolgação.

DanielFCosta
Enviado por DanielFCosta em 10/09/2015
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