Ouvir os pássaros
Tem dias que a alma se recolhe
E quer apenas ouvir os pássaros
Não é que a tristeza ela escolhe
Mas vem, como escuro e o claro
Sem escolha chega de mansinho
Invade essa alma que se aquieta
Ouve belos sons como de anjinho
Se encolhe no coração que aperta
E a lágrima é chuva que vai cair
Talvez nessa manhã de setembro
E a esperança ainda a faz resistir
Colorido da flor é cor que lembro
Para trazer alegria ao dia solitário
E a alma então se perde ouvindo
O som daquele abençoado canário
E tristeza vai então se despedindo.