Máscara de Deslaço.
Havia um coração doce, atrás de uma máscara de aço,
Máscara que se formará de tanto se desfazer laços,
Laços eternos, e no mesmo eterno desatados,
Desatado da vida neste corpo mascarado...
Tudo se torna uma lembrança,
Lembrança da inexistente esperança,
Esperança, da criança, que foi levada,
Levada a um sombrio lugar, onde não hã nada.
Um nada tão eterno, quanto o inverno é gélido,
Gélido, de abraços fraternos, é o inferno condenado...
Condenado é a vida, e em vida me desfaço.
Mascarado, pelas noites de inverno que ameaça,
Ameaça, em medos, a pobre criança.
Criança que mal resta lembranças do próprio passado...