MEDO APRISIONADOR

MEDO APRISIONADOR

Na virada da esquina da vida,

O desconhecido que apavora,

A inquietação aflora a alma,

O outro lado amedrontador,

O destino a espera, que desespera,

O tudo e o nada lado a lado,

A paz adormecida já não apazígua,

Tantas tentativa para acertar o alvo,

No desatino um olhar fixo que errou a mira,

Busca o medo transformador,

De tentativas em tentativas libera a dor,

No limiar há um pesar contestador,

Briga santa interior que aprisionou o amor,

Dilaceração das correntes imaginárias,

Amarras aprisionam emocionalmente,

Há uma dimensão dentro das nossas dimensões,

As batidas do coração ecoam o elo perdido,

Não há explicação quando o certo é o errado,

Convalescendo junta os destroços emocionais,

Transcendentemente tenta acomoda-los,

Delicadamente em compartimentos,

A alma acolhe as cicatriza das feridas,

Cada marca contida a impressão dolorida,

Marcas profundas, sensação moribunda,

Sentimento em revelo é a confissão da dor,

Incolor na sua real concepção,

Indolor ao expectador,

Doído para o seu percussor, impedido de um gemido,

Grito oprimido em lágrimas silenciosa,

Repetidas embebidas num bramido,

Labirinto interior, enlouquecedor,

Medo atormentador direciona a dor,

Que busca sentido no amor.

Marta Paes

Marta Cavalcante Paes
Enviado por Marta Cavalcante Paes em 09/09/2015
Código do texto: T5376703
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