MEDO APRISIONADOR
MEDO APRISIONADOR
Na virada da esquina da vida,
O desconhecido que apavora,
A inquietação aflora a alma,
O outro lado amedrontador,
O destino a espera, que desespera,
O tudo e o nada lado a lado,
A paz adormecida já não apazígua,
Tantas tentativa para acertar o alvo,
No desatino um olhar fixo que errou a mira,
Busca o medo transformador,
De tentativas em tentativas libera a dor,
No limiar há um pesar contestador,
Briga santa interior que aprisionou o amor,
Dilaceração das correntes imaginárias,
Amarras aprisionam emocionalmente,
Há uma dimensão dentro das nossas dimensões,
As batidas do coração ecoam o elo perdido,
Não há explicação quando o certo é o errado,
Convalescendo junta os destroços emocionais,
Transcendentemente tenta acomoda-los,
Delicadamente em compartimentos,
A alma acolhe as cicatriza das feridas,
Cada marca contida a impressão dolorida,
Marcas profundas, sensação moribunda,
Sentimento em revelo é a confissão da dor,
Incolor na sua real concepção,
Indolor ao expectador,
Doído para o seu percussor, impedido de um gemido,
Grito oprimido em lágrimas silenciosa,
Repetidas embebidas num bramido,
Labirinto interior, enlouquecedor,
Medo atormentador direciona a dor,
Que busca sentido no amor.
Marta Paes