MIL PEDAÇOS

O que sei eu do rumo...?
Posto que me consumo,
Em um mar sem porto.
Posto que eu grito,
Em dor rasgo o infinito,
Me sinto um anjo torto.
O que sei eu do elo...?
Se em mil pedaços, me revelo,
Cancelo o olhar de quimera,
Lhe outorgo um poema roto.

...E nada me reverbera,
Nem mesmo o prenúncio de primavera.