O derrotado
A solidão é o abismo que mais conheço.
Sua existência ecoa dentro de mim, vibra em meus ossos, assombra minha alma.
A dor que sua presença causa é meu veneno de todos os dias. A sufocante agonia, o aperto no peito, facilmente sou rasgado feito papel.
O silêncio que orbito gera meus penhascos de desespero e cada vez mais me perco em cada pedra, em cada sombra, em cada passo que dou.
Assim vago
Assim, calado
Assim morto.
Segue um corpo vazio como uma velha armadura cheia de marcas de muitas batalhas de uma guerra vencida.
Só me restou fingir e fugir para longe de mim mesmo.