Mochileiro

Ele sempre anda com uma mochila, onde carrega as suas conquistas e suas buscas. As condições o obrigaram a ser grande e o sucesso parece ser a sua única opção. Tão ingênuo! Um menino que adquiriu uma armadura de homem, mas que não sabe usá-la direito. Não havia manual de instrução. O mundo não é raso, não te permite atraso e em pouco tempo você torna-se um Atlas. Mas ele vaga, como uma lembrança vaga, à procura de uma vaga. Vagabundo! Vá! Vaga-lume! Ele brilha. invisível, mas brilha. Ele passa despercebido como um morador de rua que cata o que comer. Invisível, mas brilha. Ele cata sonhos, amores, pinturas canções e sabores. Tempera sua vida com ingredientes diversos e diverte-se com o vértice que outros universos lhe apontam. Na mesa de um bar ele pede a conta e se dá conta de que ainda não chegou ao destino que queria. Olha para a carteira, que assim como a sua mochila, ainda se encontra bem vazia.

JL Vieira
Enviado por JL Vieira em 27/08/2015
Código do texto: T5361020
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