Morte triste
Adeus minha filha, adeus minha esposa!
Levo da existência, duas grandes saudades.
Tinha tanta vida, que meu peito se enchia.
Sem saber que o punhal logo tiraria.
Nem deu tempo para uma rápida despedida.
Misérrimo! Que sina doida teve esse pobre poeta;
Sina amarga de um destino cruel, que fez minha alma nas trevas adormecer.
E minha alma nas trevas agora dorme com um olhar, que a morte lança em abismo profundo.
Que me resta dizer agora? Que levo no meu peito morto um punhado de murchas flores?
Ou talvez uma lembrança de uma noite calma.
Morra comigo a humanidade! E nunca aceitarás uma vela podre, na cabeceira do teu caixão, nem uma reza maldita a um deus pagão.
Morra comigo, e mostre sua revolta minha querida humanidade azul, aos hipócritas que só se lembra de ti, somente no dia da tua morte.
não precisa chorar esse choro de falsidade; choro de hipocrisias.
senão escarrarei em sinal de recusa.
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