Olho pela janela, lá fora vejo pessoas,
Carros a passar,
Parecem que eles podem ir a qualquer lugar,
Chego até a porta,
A mesma se encontra fechada,
A janela é alta demais para eu saltar,
Pergunto quando perdi a liberdade,
Sinto uma dor enorme no peito,
Não sei como surgiu ou de onde veio,
Sei que ela dilacera minha alma,
Meu corpo se mantém de pé,
A sensação é estranha,
Pois minha alma jaz devorada em minhas entranhas,
Tento manter minha alma em pé,
Procuro manter um foco,
Na esperança que a porta venha se abrir,
E a sonhada liberdade surgir,
Sinto-me um pássaro engaiolado,
Tenho tudo, mas me falta o principal,
Quero o vento batendo sob minhas asas,
Voar entre as nuvens,
Ter liberdade total,
Trocar o assombro noturno por sonhos reais,
Isto, estes sonhos,
Não quero perder jamais...