O VULTO E SEU INSULTO

Quem és tu?

Eu pergunto amiudadamente

Que vaga na noite

Que invade cada sonho

Que não sai da minha mente

Que me visita diariamente

Que me consola simplesmente.

Quem és tu?

E porque esse círculo

Junto ao cicio?

Nas manhãs de chuva

No quarto trancado

No baú lacrado

No caderno fechado

No cofre forte

Na carta selada

Nessa tempestade que nunca passa.

Quem és tu?

Sem rosto

Sem identidade

Sem densidade

Mas com alarde

A exalar saudade

De uma forma ímpar

Quase visceral.

Quem és tu?

Oh, vulto transeunte

Que desperta tudo

Sem materializar-se

E porque esse insulto

A causar tumulto

Quase um curto-circuito

No meu mundo fortuito

De poetização.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 19/08/2015
Reeditado em 09/11/2016
Código do texto: T5352151
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.