Chora amigo querido...

Chora violino meu companheiro de jornada

Ficamos só nós dois na dura estrada da vida

Choro eu e choras tu pelas avenidas e vielas

Lamentos velados,nunca revelados nas ruas.

Sinto o gosto da fome que sempre consome.

Consome o presente e o nefasto futuro.

Escondi minhas verdades, levantei muro

Para não reconhecerem o meu sobrenome.

Já fui ilustre,me perdi pelos caminhos.

Hoje sou uma alma agonizante e sombria

A morte me ronda, causa-me danos

Tenho medo dia e noite,noite e dia.

Meus sonhos hoje são frágeis e distantes

Procuro um oásis em meu deserto árido

Um oásis onde possamos ser felizes

Tu e eu meu violino,meu amigo querido.