Memórias da melancolia
Escrevo-te esses versos tristes,
ciente de que jamais irá lê-los,
fechei as portas de sua alma há muito tempo,
quando busquei outros caminhos mal sinalizados...
A vida correu com as folhas caindo no outono,
em cada estação seu rosto refletido no lago do parque,
uma ode à um tempo sem volta,
memórias de uma melacolia eternizada...
E agora toco meu violão em cada esquina,
contando nossa história de coração partido,
alertando à outros apaixonados dos perigos do relógio,
desses momentos que nos escapam pelas brechas dos dedos...
Se você passasse por mim não me reconheceria,
minha barba esconde meu rosto já sem brilho nos olhos,
perdi minha vitalidade nas lágrimas vertidas noite após noite,
e agora existo apenas como um fantasma desolado em viélas solitárias...