Punhalada ferina de uma mentira
Punhalada ferina de uma mentira
Sangra meu peito líquido copioso
Chaga invisível que lancina em ardor
Que verte de minhas lágrimas o amor
Sob o sussurro de um choro lamurioso
Dor transfigurada na odiosa traição
Punhalada ferina de uma mentira
A queimar meu coração sobre a pira
E deixar meus restos em decomposição
São fragmentos de um crédulo morto
Atirados sob a perspectiva da realidade
Perdido na ilusão a viver a dura verdade
Em tortas promessas procura conforto
Em vão, deliro nas notas deste verso
Embriagado pela dor que vem e corrói
Quanto mais bebo, mais a chaga dói
Em linhas, com meus fantasmas converso...
Eduardo Benetti