VIDA INGRATA
Oh, se chovesse trigo
não só para os outros, mas também para mim!
Vida
Vida minha
Não te conheço
porque só vivo quase de remorso
Não sei
Não sei porque nasci
Porque nunca me forneceste abrigo
Para que eu me abrigue
Sempre me vejo descoberto
Porque nada do que é fácil já me foi dada!
Oh, vida!
Eu sei do que nada sei
Queria que ser um daqueles que do berço de ouro nasceu
Que nada conhece o infortúnio
Que só me aprisiona
E minhas mãos ela só ata!
Oh vida!
Vida ingrata