Poema do vampiro
De imaginar meu futuro ao lado de alguém.
Porque não consigo me libertar do passado?
Esqueci de viver, de me apaixonar e de amar.
Porque quando dei por mim já não possuía mais coração.
É tarde,
Estou sozinho numa pulsante dor macabra
Profanando os lagos onde vive a mais clara e pura água.
Não queira eu censurar florestas tão puras e virgens.
Minha sede,
São a vil personificação de meus demônios.
Que me devoram a cada instante com iniqüidade
Angústiando o silêncio na bela noite negra e gélida.
Meus olhos me iludem,
Meus sentimentos me dominam
E fazem minha alma gemer.
Eu a ouvi gritar por socorro.
E os gritos eram sussurrados, aveludados.
Quase alucinógenas.
Nessas palavras ficam as mágoas da alucinante angústia
Que empreguinou meu ser.