Triste racionalidade

Minha querida razão

Por que se faz tão presente

Escanteaste a emoção

Da minha juventude inconsciente

Me tiraste a alegria

Que a ignorância trazia

Ensinaste o que é a dor

diminuíste meu amor

Me fez negro em pele branca

Aniquilou minha esperança

De vida eterna e gloriosa

Em nuvens sempre majestosas

Da incerteza do que eu queria

Deu certeza do meu querer

Do nada querer, do nada saber

Envelheci por que sofri

Entristeci por que sorri

Vivi e não percebi

Morri, mas continuo vivo

Mais carne,menos cabelo

Mais fome e menos tempero

Mais mecânica, menos dinâmica

Viver sem ambição

Que triste situação

Viver sem saudade

Culpa da maturidade

Viver sem sentimento

è este meu lamento