DE FORMA SOLITÁRIA
Tem momentos que a tristeza se torna minha companheira
Sinto que meu peito está apertado,
Que minha garganta doe para conter o choro.
Se pudesse, subiria as margens de uma corredeira
Para ir ao ponto mais alto de um monte afastado
E lá, só, olhar tudo abaixo, como se não tocasse o solo.
Poder ouvir o silencio como uma ária
E deixar meus pensamentos levitarem com o vento
O ar penetrando pela pele e de forma solitária
Deixar que a montanha modifique meus sentimentos
Nessa utopia,
acabo escrevendo minhas pobres poesias
repletas de incorreções e imperfeições.
Tentando suprir a alegria que desaparece
E que deixa um torpor na minha mente,
como quando desse sonho, do pico se desce
E se depara com o esse presente.